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sábado, 17 de julho de 2010

FOTO DA SEMANA


Tivemos alguns problemas de ordem técnica essa semana que passou, mas tudo já está normal e voltamos com a foto da semana.

Esta foto foi tirada por Alany Pedrosa Gonçalves para o concurso "Pelos olhos da biologia" realizado no incio do ano do Icb (instituto de ciências biológicas) da UFPa e retrata um musgo.

Os musgos são os maiores representantes das briófitas, apresentam 90.000 espécies já classificadas. São plantas avasculares e umbrófitas, ou seja, são desprovidas de vasos condutores de seiva e habitam ambientes sombrios e úmidos.

Algumas espécies de musgos podem ser encontradas em habitats desérticos e ainda formarem extensos tapetes sobre rochas expostas. Apresentam rizóides, caulóides e filóides.

São plantas criptógamas, apresentam o órgão reprodutor escondido e não apresentam flores. Dependem de água para sua reprodução, onde a fase dominante é o gametófito.

Os musgos são plantas de pequeno porte, apresentam poucos centímetros de altura, justamente por não apresentarem vasos condutores. Seu pequeno tamanho facilita o transporte de nutrientes que é feito célula a célula.

Encontram-se divididos em três classes: Sphagnidae (os musgos-de-turfeira), Andreaeidae (os musgos-de-granito) e Bryidae (conhecidos como “musgos verdadeiros”).

Os musgos apresentam grande importância ecológica, uma vez que reduzem o processo erosivo, atuam como reservatórios de água e nutrientes, oferecem abrigo a microorganismos e são viveiros para outras plantas em processo de sucessão e regeneração.

Classe Sphagnidae (Musgos-de-Turfeira)

O gênero Sphagnum está amplamente distribuído no mundo, existem cerca de 400 espécies descritas que podem ser encontradas em áreas úmidas, como as extensas regiões de turfeiras do Hemisfério Norte. São as plantas mais abundantes no mundo, ocupando mais de 1 % da superfície terrestre.

Reproduzem-se geralmente no final do inverno, liberando seus esporos após quatro meses. Entre os musgos, os esporófitos desse gênero são bem distintos. Representam grande importância econômica e ecológica.

As turfeiras estão envolvidas no ciclo global do carbono, sendo de grande importância uma vez que, armazenam cerca de 400 bilhões de toneladas de carbono orgânico, o qual não é rapidamente decomposto a CO2 por microorganismos.

Estes musgos ainda são utilizados como combustível industrial e para aquecimento doméstico na Irlanda e em outras regiões do norte.

Classe Andreaeidae (Musgos-de-Granito)

Esta classe compreende dois gêneros: Andreaea e Andreaeobryum.

O gênero Andreaea apresenta cerca de 100 espécies descritas, são encontrados em regiões árticas ou montanhosas, sobre rochas graníticas, daí seu nome popular de musgo – de – granito.

Já o gênero Andreaeobryum apresenta uma única espécie descrita, sendo encontrado restritamente ao noroeste do Canadá e adjacências do Alaska, o qual cresce sobre rochas calcárias.

O fato de esses musgos crescerem sobre rochas causa desgaste nas mesmas por meio de substâncias produzidas por sua atividade biológica, permitindo que outros vegetais também cresçam ali.

A liberação de esporos em Andreaea ocorre por meio de fendas na cápsula, o que o difere de qualquer outro musgo.

Classe Bryidae (“Musgos Verdadeiros”)

A classe Bryidae é representada pela maioria das espécies de musgos. Os musgos verdadeiros lembram algas verdes filamentosas e são facilmente diferenciados das mesmas pelas paredes transversais inclinadas de suas células.

Apresentam grande importância ecológica uma vez que são indicadores de poluição e biodiversidade.

Referências Bibliográficas:

RAVEN,Peter H., EVERT, Ray F., EICHHORN, Susan E., Biologia Vegetal, 7ª edição, Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan, 2007.

http://www.infoescola.com


segunda-feira, 5 de julho de 2010

MAIS DA METADE DAS ESCOLAS PÚBLICAS FICARAM ABAIXO DA MÉDIA DO IDEB

Sabrina Craide

Repórter da Agência Brasil

Brasília - No ano passado, a maioria das escolas (56,2%) teve notas abaixo da média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os primeiros anos do ensino fundamental, que foi de 4,6 pontos, em uma escala que vai de 0 a 10. Em 2009, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) avaliou o desempenho de 43.400 escolas públicas, por meio do Ideb.

Dessas, 57,6% conseguiram atingir as metas estabelecidas para as séries iniciais do ensino fundamental. Outras 20% não conseguiram alcançar suas metas e 22,38% não tinham metas estabelecidas, por não terem participado da avaliação em 2005, quando o Ideb começou a ser instituído.

O Ideb é calculado a cada dois anos e serve para avaliar a qualidade do ensino público no país. Cada escola tem uma meta e recebe uma nota, levando em conta o rendimento escolar e as notas obtidas pelos alunos na Prova Brasil.

Ao criar o Ideb, o Inep estabeleceu metas de qualidade que devem ser atingidas pelo país, pelos estados, municípios e pelas escolas. Assim, levando em conta a realidade de cada local, cada instância deve evoluir de forma a contribuir para que o Brasil atinja a média 6 em 2021, que é o patamar dos países mais desenvolvidos.

A nota mais baixa registrada entre as escolas foi 0,2, atingida pela Escola Estadual Jovem Protagonista, que fica em Belo Horizonte. Em seguida, aparecem as escolas municipais Firmo Santino da Silva, em Alagoa Grande (PB), Professor Francisco de Assis Cavalcanti, em Natal (RN) e Boa União, em Eunápolis (BA), todas com nota 0,5.

As três escolas com notas mais altas são de Cajuru (SP), o mesmo município que ficou em primeiro lugar no Ideb. A escola Aparecida Elias Draibe ficou com nota 9, e as escolas André Ruggeri e Dom Bosco tiraram 8,8.

Edição: Graça Adjuto

Agência Brasil - Todos os direitos reservados.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

FOTO DA SEMANA


Mais uma vez iremos postar aqui uma foto participante do concruso de fotos "Pelos olhos da biologia" realizado no ICb da UNiversidade Federal do Pará.

O nome da foto dessa semana é "Sob um olhar atento" (Bufos marinos), Mosqueiro - PA, de Sérgio Alexandre Oliveira Malcher.

Ordem: Anura

Família: Bufonidae

Nome popular: Sapo Cururu

Nome em inglês: Cane Toad

Nome científico: Bufo marinus

Distribuição geográfica: Sul do Texas (EUA), México e América Central, norte da América do Sul (Brasil, Bolívia, Equador e Peru)

Habitat: Cerrado e florestas tropicais

Hábitos alimentares: Carnívoro (alimenta-se de invertebrados e vertebrados)

Reprodução: 4.000 a 36.000 ovos por postura e os girinos nascem cerca de 10 a 16 dias depois.

Período de vida: 10 a 15 anos em ambiente natural e até 20 anos em cativeiro

O sapo cururu é o anfíbio mais comum entre a fauna brasileira, medindo entre 10 e 15 cm. Os macho possuem uma coloração amarelo-parda ou até esverdeada e são menores que as fêmeas, que, por sua vez, são de coloração marrom.

Você sabia que o sapo cururu possui duas glândulas de veneno na parte posterior da cabeça? Ele possui esse mecanismo para se defender de um possível predador, por exemplo, uma serpente. Quando ele se depara com uma cobra, ele levanta as patas, ficando mais esticado, parecendo maior, e inclina-se como se oferecesse as glândulas de veneno para que a cobra mordesse. Na maioria das vezes esse mecanismo funciona, pois mesmo que a cobra o morda, ela logo perceberá que ele tem um gosto desagradável, devido ao seu veneno e por esse motivo ela o soltará e, provavelmente não voltará a tentar se alimentar de um sapo cururu novamente.

O sapo cururu possui hábitos noturnos e terrestres. Por esse motivo é mais comum encontrá-lo se alimentando durante à noite. O sapo percebe sua presa através do movimento que ela faz e também pelo cheiro. Ele a captura com sua língua e seus olhos grandes o auxiliam a deglutir o alimento, pois quando eles se fecham ajudam a “empurrar” a presa para o estômago. Os sapos são úteis ao homem porque com seu grande apetite comem muitos vermes, lagartas e insetos nocivos de várias espécies.

Na época do acasalamento, que ocorre próximo à primavera, os sapos se deslocam até a margem de poças permanentes e/ou temporárias (lagos, pântanos). Os machos então vocalizam a fim de atrair as fêmeas e aquele que lhe agradar mais poderá copular com ela. A reprodução é externa e a fertilização dos ovos ocorre através do "abraço nupcial" (cópula) à medida que os ovos são expelidos pela fêmea. Os ovos são postos em fileiras que podem alcançar até 5 m de comprimento. Os girinos nascem entre 10 e 16 dias depois e levam de um a três meses pra se tornarem adultos. Primariamente surgem os membros posteriores e depois os anteriores, terminando com a queda da cauda.

O número de espécies de anfíbios vem diminuindo gradativamente, devido a sua alta sensibilidade à poluição da água e do ar. Dessa forma podem ser considerados excelentes indicadores biológicos de áreas degradadas. E isso seria mais um bom motivo para conservá-lo.

Fonte:
Fundação Parque Zoológico de São Paulo-Setor de Répteis. Juliana Bettini Verdiani - Bióloga aprimoranda.